quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

09-12-2010 - Dúvidas sobre bicicletas


Andar de bicicleta é uma actividade já de si complicada e é natural que surjam nas nossas cabeças múltiplas interrogações. Na BIKE Magazine compilámos várias dúvidas que frequentemente nos assolam. O resultado são 50 respostas para 50 perguntas habituais.

1- É necessário usar calções de lycra para andar de bicicleta?
É o mais recomendável. Evita a roupa interior e escolhe uns que fiquem bem justos à perna. Mesmo nos passeios mais tranquilos, convém usá-los. Estarás mais cómodo e não roçarás no selim.

2- Mudo os meus pedais normais por uns de encaixe?
É uma opção muito recomendável, especialmente se utilizas a bicicleta frequentemente. Aprende a encaixar e a desencaixar o pé do pedal, desta forma conseguirás maior segurança do que com os de plataforma, pois farás mais força sobre os pedais.

3- Porque é que os selins são cada vez mais estreitos e pouco acolchoados?
Se és daqueles que pouco anda de bicicleta, podes optar por um selim mais largo. Se sais várias vezes durante a semana e o que gostas é de “fazer horas”, não há nada como um selim estreito para evitar problemas de possíveis assaduras e “tirar” peso extra.

4- Qual é a pressão correcta para as minhas rodas?
É algo muito variável. Depende do próprio pneu, jante e inclusive, da câmara de ar. Além dos nossos próprios gostos pessoais. Para que tenhas uma ideia e dependendo do teu peso, o habitual, é que varia entre 2,5 e 3,5 quilos para pneus de cross-country e entre 1,5 e 2,5 para os modelos mais “gordos” de Dual.

5- O que é o afundamento inicial (Sag)?
O Sag é o afundamento que se produz na suspensão dianteira e/ou traseira com o peso do ciclista. É muito variável e depende das próprias da características bicicleta. Normalmente, situa-se entre os 25% de curso total da suspensão; maior nas bicicletas de Dual e amortecedores de mola do que nos de ar.

6- Que manutenção devo dar à minha forqueta de suspensão?
Seja que tipo de suspensão for, o importante é manter as pernas da suspensão sempre limpas e bem lubrificadas com algumas gotas de óleo. Uma visita anual ao teu mecânico de confiança para mudar o óleo ou limpá-la interiormente também é recomendável.

7- E o amortecedor?
O que dissemos para a suspensão, também se aplica ao amortecedor. Apesar de neste caso, não ser necessário desmontá-lo até que surja algum problema. Apenas requer que o mantenhas limpo e bem cuidado. Em condições adversas como muito pó ou lama, é recomendável utilizar um protector de “neoprene” como os da foto, para evitar um desgaste prematuro.

8- Qual é a posição correcta do selim, com a ponta para cima, ou para baixo?
O correcto é utilizá-lo sempre na posição totalmente horizontal em relação ao solo. Em descidas, a tendência é levá-lo ligeiramente levantado na ponta, o que faz com que fiquemos com o corpo mais inclinado e com um peso maior sobre a roda traseira. Há quem opte pelo contrário devido a problemas de coluna, ou para evitar uma dor lombar em subidas mais prolongadas.

9– Que manutenção devo fazer aos meus pedais automáticos?
Se não aparecerem folgas no eixo, simplesmente terás de tentar manter bem lubrificado o mecanismo de mola que é responsável pelo encaixe e desencaixe . De nada adianta lubrificares os cleats.

10– Com um guiador de dupla altura conseguirei manejar bem a bicicleta?
Muito provavelmente. Uma altura mais elevada, uma maior largura e um maior retrocesso produzido pela curvatura, farão com que sintas maior segurança e controlo da bicicleta. Além disso, poderás superar obstáculos de uma maneira mais natural e melhorarás nas descidas.

11– Como coloco os cleats nas minhas sapatilhas?
Geralmente devemos utilizar os cleats centrados ou ligeiramente levantados no espaço que existe na sola da sapatilha. Devemos colocá-los alinhados de modo a que os pés fiquem paralelos aos cranques, uma vez encaixados. Como em outros casos, este pode variar consoante os teus gostos pessoais.

12– É melhor um amortecedor de ar ou de mola?
Obtemos uma melhor qualidade de amortecimento com um amortecedor de mola, apesar de haverem certos modelos de ar “de última fornada” que fazem a diferença em sensibilidade, progressividade e qualidade de funcionamento. Os amortecedores de ar proporcionam uma resposta mais rápida, principalmente sempre que este vier acompanhado de uma bomba de ar de alta pressão, que muitas vezes acompanha o amortecedor e que lhe permite obter uma maior ligeireza.

13 – É necessário ter o selim tão alto?
Para evitar lesões e o cansaço prematuro, temos que utilizar o selim na altura correcta, o que para muitos poderá ser sinónimo de “alto” à primeira vista. A altura é determinada pela seguinte fórmula: a medida que vem desde o solo até à coxa em centímetros, multiplicado por 0,88. O resultado é a distância desde o eixo pedaleiro até ao ponto médio da superfície do selim.

14 – Pneu de tacos ou semi-slick?
Se preferes andar no asfalto ou em terrenos compactos de dificuldade baixa e secos, assim como em provas onde o andamento rápido é primordial, opta por um semi-slick. Em qualquer outro caso onde faças um uso normal de mountain bike, o que muitas vezes resulta em cerca de 95% das ocasiões, agradecerás possuíres tacos nos teus pneus. Na hora de fazeres uma curva complicada, numa descida bastante acentuada ou naquela subida íngreme, verás que serão muito úteis.

15– Quando é que devemos lubrificar a corrente?
De cada vez que utilizarmos a bicicleta. Utiliza um óleo especial para esta operação. O mais correcto é aplicá-lo no interior da mesma (na zona de contacto do carreto e da coroa) para que dessa forma se distribua mais uniformemente por toda a superfície.

16 – Luvas sem dedos ou completas?
Depende dos gostos de cada um, ainda que para uso do puro mountain bike, as luvas completas, principalmente se tiverem protecção, são a melhor opção. Numa hipotética caída irão proteger-te muito mais do que as sem dedos.

17– É necessário usar um equipamento de lycra muito apertado?
É mais estético e aerodinâmico, além de facilitar a transpiração. Para além disso, existe também cada vez mais gente a seguir a tendência freeride de roupa solta e larga.

18– Qual é o objectivo dos calções largos com protecção interior?
Oferecem uma comodidade semelhante a um calção de lycra, mas possuem uma estética mais natural, mais de rua ou de freerider. Por outro lado, são sensivelmente mais caros, mas terás uma maior facilidade de movimentos, frente-atrás, na bicicleta.

19– E no Inverno, é melhor utilizar uns calções com perneiras ou calças de lycra?
Depende dos casos. Se te preocupa poupar uns tostões à tua bolsa, opta por uns calções de Verão e umas boas perneiras. Se podes gastar mais uns trocados, renova o teu vestuário e opta por umas calças de lycra. São mais quentinhas quando o tempo é adverso.

20– Quando é que devo centrar as rodas?
Cada vez que as rodas empenem ou quando notamos que os nossos sapatos roçam na superfície de travagem. Depende também daquilo que montarmos na bicicleta ou das condições da rota. É natural que tenhas de centrá-las depois de um dia “bastante puxado”, ou pelo contrário, se formos mais afortunados, é possível que nem tenhamos de trocá-las por uma boa temporada.

21– Que aconteceria se um dos raios se partir no meio do nada?
O que melhor que tens a fazer numa situação destas, é retirar o raio do aro, desenroscando-o da cabeça e retirando-o. Uma alternativa é ligar o outro extremo ao raio mais próximo. Convém afrouxar os raios contínuos algumas vezes com a chave multiusos. Tenta posteriormente colocar um raio novo de características semelhantes ao que se partiu.

22– O que é necessário levar quando se sai de bicicleta?
O principal seria uma câmara, um par de desmontas, bomba, emplastros e uma chave multiusos completa (que inclua chave de raios e troca corrente). Deves ter sempre contigo telemóvel (se o tiveres) e algum dinheiro, uns 12€.

23– Quais os passos a seguir quando furamos?
Primeiro temos de retirar a roda afrouxando o furo rapidamente e retirar o ar totalmente da câmara. Ajudados pelos desmontas ou pelas mãos, se formos ágeis, retiramos o pneu da jante para extrair a câmara.
Enchemos de novo para localizarmos o furo, que depois devemos assinalar com uma pequena marca. De seguida devemos lixar a zona do furo e em seu redor, num raio de dois ou três centímetros. Colocamos algumas gotas de dissolução sobre o furo e sobre a zona onde ficará colocado o remendo. Deixamos secar alguns minutos, pegamos no emplastro e separamos a protecção do plástico do alumínio.

24– É necessário mudar de guiador depois de uma queda?
Se a queda foi muito forte e achas que é necessário mudá-lo, fá-lo. Se não foi assim tão dura e se o guiador não se dobrou nem sofreu grandes mossas, não será tão necessário. Alguns fabricantes de guiadores de alumínio recomendam a substituição de dois em dois anos, independentemente das circunstâncias, devido à fadiga do próprio alumínio.

25– Tenho medo nas descidas com muita inclinação, como posso melhorar a minha bicicleta?
Isso é algo que nos acontece a todos em maior ou menor medida. A solução passa por substituir o avanço por outro de maior inclinação, mais levantado ou de menor longitude. Isso fará com que mantenhamos o peso do corpo mais para trás, permitindo-nos controlar melhor a situação. Com um guiador de duas alturas também podemos obter um resultado semelhante. Uma coisa ou outra, ou até mesmo as duas.

26– É possível que haja fissuras no meu quadro?
Sim é possível. Observa as zonas que estão sujeitas a um maior stress, como a “pipa de direcção”, a caixa do pedaleiro, os suportes do amortecedor ou a suspensão traseira. É um tema que pode ser “vox pop”, mas na realidade acontece em todas as marcas, e convém não nos enganarmos.

27– É mais conveniente usarmos apenas água no bidón, ou podemos juntar sais ou um produto energético?
O melhor é misturarmos uma pequena quantidade de um produto energético ou isotónico de nossa confiança. Desta forma permaneceremos um maior tempo correctamente hidratados e recuperamos os sais minerais eliminados pelo suor.

28– É melhor usarmos um Camelbak do que levar um ou dois bidons?
Para percursos maiores os Camelbaks são ideais, pois conseguem transportar cerca de três litros de água, além de termos sítio para a bomba, desmontas, chaves, telemóvel... sem nos incomodar. Em saídas de curta distância, é suficiente um bidón. Dois, apenas se bebemos muito.

29– Como devo limpar correctamente a minha bicicleta?
O ideal é utilizares um tira-gorduras em toda a transmissão para eliminar toda a gordura e óleo. Devemos lavar a bicicleta com água a baixa pressão, com especial precaução nos cubos, eixo pedaleiro e ambas as suspensões, para de seguida, colocarmos “mãos à obra” com uma esponja, esfregando da direita para a esquerda. Por último, devemos deixar secar ao ar livre ou num ambiente cálido, casa, garagem... o “toque final” deve ser dado com um pano de algodão ou a típica camisola velha!

30– Porque é que ao princípio a minha bicicleta mudava as mudanças na perfeição e agora não?
É possível que tenha acontecido aquilo que se conhece como “dar de si”, isto é, os cabos com o tempo acabam por ganhar folgas. O que necessitamos apenas de fazer, é dar umas voltas de tensão para conseguirmos obter novamente uma sincronização perfeita na passagem dos carretos.

31– Quando é que devo substituir a corrente?
É algo muito variável. Depende do uso que damos à bicicleta, quais as condições e o cuidado que temos com ela. Uns 3.000 quilómetros de uso são uma boa referência para substituirmos a corrente. É possível medir melhor o desgaste da corrente com calibradores, como os que oferecem as marcas Park Tool ou Rohloff.

32– Como devo ajustar correctamente as correias do capacete?
É conveniente que não estejam nem muito apertadas, nem frouxas. Procura que ambas as partes fiquem simétricas (ou quase), para que o fecho fique numa posição cómoda e tenhamos margem de ajuste à altura das orelhas e na própria tensão do fecho. Convém ajustarmos bem as passadeiras por baixo das orelhas, para que o capacete não se solte de um lado para o outro.

33– Os pedais automáticos podem provocar-me problemas nos joelhos?
É possível que isso ocorra, se colocares os encaixes nas sapatilhas de uma forma descuidada. Tens de fazer com que o teu pedalar seja de uma forma natural, sem nenhum gesto ou movimento do pé de forma brusca.

34– Os gorros na cabeça são uma boa solução contra o suor?
Não são a solução definitiva, no entanto ajudam a que o suor se acumule... até chegar o momento, em que suamos tanto, que não nos servem para nada.

35– Que tensão devo colocar nos meus pedais automáticos?
Devemos sempre começar com uma tensão frouxa, que permita uma fácil entrada e saída do pedal. Há quem recomende que se deve colocar um dos lados do pedal com uma tensão superior ao outro. Nós aqui na BIKE recomendamos que ambos devem estar calibrados a uma tensão idêntica, para que os irmos endurecendo à medida que nos acostumamos aos mesmos.

36– Porque é que a minha direcção ahead fica com folga tão facilmente?
Quando termina o período de “estreia” de uma bicicleta, é natural começarem a produzir-se as chamadas “folgas”. Umas adquirem folga antes de outras. Pode ser normal, apesar de não devermos confundir com os casquilhos da forqueta de suspensão dianteira.

37– De que lado deverá estar colocado o aperto rápido das rodas?
Geralmente o aperto rápido deverá estar colocado do lado esquerdo, apesar de também poder ser colocado do lado direito. Os fabricantes de travões de disco recomendam esta segunda opção, devemos evitar tocar com as mãos no próprio disco, pois pode provocar-nos queimaduras se ainda estiver quente por causa das travagens.

38– Válvula gorda (Schraeder) ou fina (Presta)?
É igual. Há quem se “encante” pela válvula gorda, porque permite encher em mais postos de gasolina e é a mais extensa. Outros preferem a fina, porque é a verdadeira “válvula bicicleta”, valendo por todas as jantes do mercado.

39– De quanto em quanto tempo mudo o óleo da minha suspensão?
É conveniente fazê-lo anualmente com um uso normal da bicicleta. Se competirmos em cross-country ou em menor medida em dual, é conveniente mudá-lo mais vezes. Quanto mais treinarmos ou sairmos de bicicleta, mais atenção devemos ter com este pormenor.

40– E o amortecedor?
No amortecedor é melhor não lhe tocares. Se surgir algum problema de fugas, então aí será o momento de actuar. Bastará que tenhas o máximo esmero para que obtenhas um bom funcionamento, como na suspensão.

41– Gostava de experimentar uma prova de competição... como é que sei se estou preparado?
Se treinas de bicicleta vários dias por semana e realizas treinos de diferente intensidade, não esquecendo os de esforço máximo e sais pelos menos um dia para “fazer quilómetros”, sem dúvida que estás preparado.
Inscreve-te na federação e dá uma boa vista de olhos no calendário de competição para que possas ter tempo de programar as tuas temporadas.

42– Qual é a melhor posição dos calços nos travões V-brake?
A diferença para os antigos cantilever é que enquanto nestes a parte dianteira tocava na jante primeiro que a traseira, nos V-brakes é conveniente que os coloques de modo a que fiquem com a superfície de travagem em contacto com a jante, em simultâneo e centrados.

43– A que altura coloco as manetes de travão?
O ângulo ideal será entre os 30 e 45 graus na horizontal e segundo os nossos gostos. Convém que fiquem numa posição natural e que respeite a inclinação dos nossos braços sobre o guiador, como se fosse um prolongamento dos mesmos.

44– Com um pulsómetro melhorarei o meu rendimento?
De certeza que sim. É o treinador da moda. Podes dar uma vista de olhos pelos programas de treino que existem e obter um grande partido dele. É a ferramenta necessária para começar a treinar de um modo preciso, fazendo um programa de treino mais útil, ainda que não faça milagres, pois não é mais do que uma ajuda para podermos controlar. No nosso conceito de preparação e no seu seguimento está o segredo.

45– É necessário tirar a licença de ciclismo?
Se queres beneficiar de algumas das vantagens que terás por estar federado, como o seguro ou participar em provas, fá-lo. Estar federado é sempre recomendável.

46- Uma bicicleta de mountain bike tem necessariamente de levar extensores de guiador?
Nem sempre. Este é um aspecto que depende dos gostos de cada um. Até à bem pouco tempo quase toda a gente usava extensores de guiador nas provas e treinos, mas esta situação mudou. Um exemplo dos que não usam extensores é Roland Green, vencedor geral da Taça do Mundo, que os dispensa.

47– É necessário usar lentes de cores distintas nos meus óculos?
É recomendável. Ao termos várias lentes melhoramos o contraste e a visão consoante o tipo de clima que faça. Em dias com muito sol e muita intensidade de luz, as lentes tipo espelho protegem-nos fortemente contra os raios UVA.

48– Tenho de lubrificar o espigão do selim?
Sim, é conveniente, especialmente se não o desmontas. A lubrificação fará com que não adira totalmente à paredes do tudo do selim e possamos movê-lo mais facilmente. Um pouco de óleo é suficiente, caso contrário, de nada nos servirá o aperto do selim.

49– Os pratos “standard” antigos são compatíveis com os compactos?
Não. Os diâmetros para os encaixes são diferentes, 58 para o prato compacto pequeno, que é diferente do standard com 64 e 94 para o prato médio e grande compacto, 110 para o prato médio e grande standard.

50– O pneu dianteiro e traseiro têm de ter desenho de tacos diferentes?
Não necessariamente, apesar de muitos fabricantes possuírem desenhos diferentes para o pneu dianteiro e para o traseiro. Há uma infinidade de exemplos a favor ou contra, no entanto não é algo que faça grande diferença.

4 comentários :

  1. Boas, a roda da frente da minha bicicleta nao esta totalmente centrada na forqueta esta mais encostada para o lado do disco é normal?

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  2. Olá anónimo. Desculpa a demora na resposta, mas não tenho alertas de comentários activos (facto já alterado). Respondendo à tua questão: não, não é normal a roda estar descentralizada. E esse facto pode dever-se a várias coisas: (1) a roda ter ficado mal ajustada quando a apertaste; (2) o eixo da roda estar empenado; (3) a tua forqueta estar empenada. Valida essas questões. Aconselho a que visites uma oficina da especialidade. Um abraço...

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  3. Resolvido...Afinal era so a roda descentralizada, e nunca me passou fazer uma coisa tão simples como desapertar a roda e centrar :) obrigado pela dica amigo, boas voltas.

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  4. Menos mal... Vai passando pelo nosso blog. Abraço

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